De Direção Nacional Revolução Brasileira
Em Maceió, capital de Alagoas, os trabalhadores do campo e da cidade foram para as ruas reivindicar os seus direitos pela aposentadoria. Centrais, sindicatos, partidos, e outros movimentos populares foram para as ruas por dignidade e respeito por dedicarem grande parte de suas vidas ao serviço público. Devemos pois ir em busca daquilo que sempre quisemos para uma sociedade justa, igualitária, sem preconceitos e desenvolvida para todo o povo brasileiro, independente de classe social. E sabemos que, só com a revolução socialista é que podemos chegar a essa sociedade ideal.
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A nossa dependência latino-americana ante o capital internacional que devora tudo que encontra pela frente, e até as mentes de alguns trabalhadores, em se alinharem ao pensamento keynesiano do nosso capitalismo periférico, e assim, satisfazerem as suas acomodações e anseios de poder, é o que prende o trabalhador ao grilhão, bem pior que se fosse com as correntes dos negros da época da escravidão. Libertar-se disso é o anseio de todo trabalhador, que sonha que esse devorador seja derrubado e que se faça a real mudança socialista que tanto necessitamos.
Sombra Maceió
Nas sociedades do capital, reserva-se um dia para celebrar o trabalho; ou seja, a existência de um dia para celebrar o trabalhador só revela a subjugação deste pela burguesia. Celebramos o 1° de maio justamente porque todos os outros dias do ano são dias do capital. Em suma, o 1° de maio é data que denuncia a dominação de classe e o aprisionamento do trabalho. É dia, portanto, de pensar em revolução.
A história do 1° maio remonta ao ano de 1886, quando mais de 300.000 trabalhadores estadunidenses organizam uma greve na cidade de Chicago pela redução da jornada de trabalho de 17 para 8 horas. De lá para cá o dia do trabalhador passa, paulatinamente, a ser instituído em todos os países onde a grande industria avança e onde a porção mais avançada da classe trabalhadora, o operariado, ganha papel preponderante na dinâmica social.
No Brasil, a celebração do 1° de maio começa a ganhar relevo a partir da chegada dos imigrantes anarquistas ainda nos anos 1910. Durante a era Vargas o engendrar da grande classe operária brasileira faz com que o dia do trabalhador ganhe novas proporções, porém um sentido mais celebrativo e menos combativo. Com a redemocratização, a data perde muito do seu sentido de enfrentamento de classe, até que, durante o consórcio PTucano torna-se um tipo de evento/show a serviço da razão de Estado.
No Brasil de hoje, marcado por uma clara guerra de classes, o 1° de maio só pode se sustentar sob novos moldes. Uma mera celebração não possui mais sentido algum. O resgate do antigo significado de enfrentamento de classe, claro e aberto, se torna necessário, já que mostrará ao povo brasileiro - este que enxerga claramente a necessidade da radicalidade política - que uma mudança substancial na dura realidade atual só pode vir pela mão dos trabalhadores.
O dia do trabalhador é dia de pensar na Revolução Brasileira! Pois pensar na Revolução Brasileira é compreender que o dia do trabalhador deve ser todos os dias!
Avante!
"Operários" de Tarsila do Amaral.
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