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15/03 – 15M: Movimentos sociais e sindicais pela GREVE GERAL em Maceió



Estudantes, movimentos sociais e independentes na tomada do Ministério da Fazenda em Alagoas.

Em: 16/03/17 às 15:54h Texto: Adufal

A capital alagoana amanheceu com diversos serviços paralisados, na manhã desta quarta-feira (15). O Dia Nacional de Greve da Educação teve adesão de estudantes e trabalhadores de diversas categorias, do campo e da cidade. O Centro de Maceió estava repleto de bandeiras, faixas, cartazes e gritos de ordem que entoavam dos quase 10 mil manifestantes. O objetivo é lutar contra a Reforma da Previdência e a política de austeridade do governo Temer.

Os professores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) cumpriram seu papel social longe da sala de aula, mas nas ruas, lutando contra o fim da aposentadoria. A Associação dos Docentes da Universidade Federal de Alagoas (Adufal) orientou sua categoria para que no Dia Nacional de Greve da Educação a aula fosse nas ruas, dialogando com o conjunto da população sobre os danos sociais da Contrarreforma da Previdência e convocando-a para engajar-se na mobilização, pressionando os deputados à votar contra a PEC da Previdência.

“Se não pararmos agora, trabalharemos até morrer. Exigimos a nossa dignidade e não aceitaremos retrocessos em nossos direitos. Essa proposta do governo Temer é uma afronta aos direitos humanos e afetará a todos. A universidade parou neste 15 de março para dizer não a Contrarreforma da Previdência, não a esse ataque aos nossos direitos sociais e trabalhistas. Não é justo que o trabalhador pague a conta que o governo quer colocar nas nossas costas. Essa reforma parte de algo muito mentiroso, pois não há nenhum rombo na previdência”, destacou Ana Maria Vergne, presidenta da Adufal.

A marcha seguiu em caminhada até a Praça da Assembleia Legislativa de Alagoas e em seguida os manifestantes ocuparam o prédio do Ministério da Fazenda, em um ato simbólico, organizando a resistência e conscientizando a população sobre os ataques aos direitos promovidos pelo governo de Michel Temer. “Aposentadoria fica, Temer sai!”, ouvia-se da barricada.

“Hoje foi dia de ocupar as ruas para denunciar a Reforma da Previdência, mais uma proposta desumana do governo golpista e sua cúpula no Congresso Nacional. Querem tirar o direito à aposentadoria, que o povo brasileiro conquistou com muita luta. E isso é apenas uma das ameaças que a corja de golpistas querem aprovar. A reforma trabalhista também vem por aí trazendo um grande retrocesso para todos nós. Por isso, é importante que a juventude se coloque em luta e nas ruas, pois esse é o caminho para derrubar os golpistas e barrar todas as ameaças aos direitos do povo”, salientou Lucas Nunes, do Levante Popular da Juventude.

Essa agenda de luta foi aprovada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), pelo Andes (sindicato nacional dos docentes) e incorporada pela Frente Brasil Popular e pelas Centrais Sindicais de Alagoas. Além dos profissionais da educação, também paralisaram as categorias dos rodoviários, petroleiros, urbanitários, correios, previdenciários e diversos outros servidores públicos.

Os profissionais da rede estadual de educação entram em greve a partir de hoje, por tempo indeterminado. Os(as) trabalhadores(as) reivindicam reajuste salarial e respeito aos acordos anunciados pelo Ministério da Educação.

A perda de direitos e os retrocessos promovidos pelo governo Temer são os principais motivadores destas paralisações, que tem sua centralidade na luta contra a Reforma da Previdência (PEC 287/16), proposto pelo governo ilegítimo Michel Temer.

Os argumentos utilizados pelo governo federal para realizar a Contrarreforma são pautados no discurso de um possível déficit da Previdência. No entanto, estudos realizados pela Auditoria Cidadã da Dívida[1], DIAP[2] ou ANFIP[3] mostram que não há déficit nenhum e que o caminho da manutenção da Seguridade Social é taxando as grandes empresas que não contribuem com a Previdência e não cobrando a fatura da classe trabalhadora, acabando com a aposentadoria.

Além de Maceió, houve manifestação em Arapiraca e Delmiro Gouveia, União dos Palmares, Maragogi, Piranhas, Flexeiras, Junqueiro e Novo Lino, interior de Alagoas.

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