Obviamente, Lava Jato, Carne Fraca e a divulgação das denúncias contra Temer e Aécio pela Globo, nada têm a ver com o combate à corrupção. Trata-se de uma decisão política da burguesia e do imperialismo de que este governo se tornou insustentável e da necessidade de renovação geral do sistema.
Entretanto, este passo também aprofunda a instabilidade política existente. Grandes e massivas mobilizações populares que ocorrerão hoje e nos próximos dias põem na parede o governo Temer e o PSDB, com a cassação do senador Aécio Neves, seu presidente.
O problema, para os capitalistas, é a falta de alternativas para o capítulo seguinte. Os próprios comentaristas burgueses colocam a falta de uma figura unificadora capaz de estabilizar a situação. Pela Constituição, se Temer renuncia, há eleições indiretas pelo Congresso Nacional. Mas, além da falta de alternativas de candidaturas, um governo empossado pelo desmoralizado Congresso Nacional não vai resolver esta crise política e econômica.
A própria burguesia pode adotar como saída a emenda na Constituição ou a cassação via TSE, para que sejam convocadas novas eleições presidenciais. Por outro lado, setores da esquerda agitam a palavra de ordem “Diretas Já”, quando, diante da brutal falência das instituições burguesas, deveriam estar explicando que só a auto-organização das massas poderá abrir uma saída positiva para a classe trabalhadora.
(Texto da Esquerda Marxista reproduzido aqui por nós essa semana. No nome em destaque encontra-se o link para a matéria).
E logo depois da avassaladora denúncia envolvendo (mais uma vez) Temer e Aécio, nos áudios e vídeo da JBS, os movimentos sindicais e sociais do Brasil planejaram logo para o outro dia, atos e manifestações por todo o país. Veja abaixo, as fotos do ato na Praça Deodoro que circundou o comércio da cidade, terminando em frente ao antigo Produban.
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